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quinta-feira, outubro 28, 2004

Há algum tempo estava eu de passagem pela Estefânia (ou como dizem os americanos, Stefanie) e vi um café/snack-bar, mínimo, de seu nome "Banquete".
Houve logo qualquer coisa em mim que achou que algo não estava a bater certo. Como é óbvio, é impossível ir a um banquete e morder um snack. Se vamos a um banquete não é para fazer dieta...vamos rebentar com as costuras. Vamos comer como se não houvesse amanhã! Ninguém vai a um banquete beber um café e come um pastel de nata! Vai-se para acabar com tudo o que nos aparece pela frente!
Por outro lado, é complicado ir a um snack-bar e fazer daquilo um banquete. Ou estamos com uma fome inacreditável ou temos um conceito muito restrito do que é um banquete para uma merenda e um quarto de leite vigor servirem de banquete! Banquete tem de ser farto e não picar qulaquer coisa antes de voltar par o trabalho! É preciso tempo, preparação psicológica e vontade de estar horas refastelado a emborcar tudo o que faz mal à saúde!
Outra coisa, é impossível haver banquetes de vegetarianos e coisas do género. Ninguém espera uma panóplia infindável de saladinhas e comida low-fat. O que se quer é carne, vinho, doces, mariscada e tudo o que tenha gordura e açucar! Não pode haver banquetes vegy! É quase contra-natura!
São conceitos paradoxais que não puderão ser utilizados ao mesmo tempo! Deixo aqui mais um apelo: Cuidado com o nome que dão às coisas, é enganador pensar que há banquetes num snack-bar!

segunda-feira, outubro 18, 2004

Os amigos
Para mim, como para qualquer outra pessoa, os nossos amigos são os melhores amigos que se poderia ter. Mas será que esses mesmos amigos continuariam a ser tão bons amigos se não fossem vossos amigos? Se fossem amigos do Zé da Horta continuavam a ser tão boas pessoas e com as caraterísticas que faziam dele vosso amigo?
Claro que não!
Ele só é assim tão porreiro porque é meu amigo! Se fosse amigo de outrem ele era um idiota chapado! Tudo é relativo a nós, nós fazemos dos outros boas ou más pessoas, se não gostamos de alguém, mesmo sem a conhecer, é óbvio que é por ela ser má pessoa! Senão ela era nossa amiga!
Há outra questão importante nas amizades que se nota quando conhecemos um amigo de um amigo. Se o amigo do amigo for um tipo muito porreiro é quase impossível não o voltar a ver, é natural que esse amigo do amigo volte a encontrar-se com os meus/vossos amigos. Não notam que quando falam sobre esse amigo do amigo dizem sempre qualquer coisa como: "O gajo era muito porreiro!" Ou "Esse teu amigo é um tipo porreiro, traz o gajo mais vezes!" ou então "Epá, quando trazes aquele teu amigo com piada para a nossa noite de poker?!".
É virtualmente impossível não voltar a ver uma pessoa que daria um bom amigo. Ele acaba sempre por aparecer!
No entanto, se ele nunca mais aparece (porque, por exemplo, foi viver para o Djibuti) nós dizemos "Epá que pena que o gajo se tenha ido embora, era uma boa aquisição para o nosso grupo de amigos", ou mesmo "Olha...mais um gajo que se perdeu...".

segunda-feira, outubro 11, 2004

Hoje, na minha faculdade, houve a recepção ao caloiro, que é uma coisa muito bonita, sem piada e com um espírito muito fraquinho (pelos por estas bandas!). Mas a constatação mais engraçada não são os caloiros mas sim os mais velhos e a sua luta pelo poder.
Ora vejamos, há aqueles, regra geral filhos únicos ou o filho mais novo, que mandam e mandam e mandam. Tudo tem de acatar as ordens deste sargento, é tudo muito pareceido à recruta militar dos comandos! Esta espécie não da minha predilecção, até porque sou filho mais velho e não ia gostar de ver o meu irmão nestas figuras, tão autoritárias. Eles gritam, eles chamam, eles indicam, que chatice, tudo tem de ser à maneira deles!
Há outros, que têm a minha compaixão, que aparecem neste dia como sabios da antiga Grécia, fazem discursos moralistas, mostram o lado bom de tudo o que há de mau numa faculdade de Direito (bolas...não queria ter dito isto!). Estes Tónis, para além do discurso barato, pensam que vão ser para sempre recordados por umas caloiras ingénuas que foram na conversa do "ajudar o próximo", mas estão enganados, vão ser para sempre lembrados como aqueles que falam e não dizem nada.
No entanto, há uma classe que é pouco visivel mas que merece toda a atenção, a dos que "estão escondidos o ano todo e depois aparecem como grandes senhores da faculdade". Estes aparecem devidamente trajados, cheios de pompa e circunstância, todos importantes, todos limpinhos e radiantes, mas que depois desaparecem para todo o sempre perdidos entre uma sala de estudo e uma biblioteca! Esta é a categoria mais normal, aquela que não chateia ninguém e até empresta uns apontamentos!
A minoria está representada por aqueles que não aparecem o ano todo, vão aos jantares e festas, pagam propinas mas no fundo gostam é de dizer que estão na faculdade, que é tudo muito giro, mas não fazem um charuto!
Atenção: Esta fauna só pode ser reconhecida no dia/semana das praxes. Por favor, não percam tempo a tentar encontra estas espécies durante todo o resto do ano lectivo, é uma perda de tempo! Eles só saem à rua nestas ocasiões!

segunda-feira, outubro 04, 2004

Alguém lhe tocou à campainha. Ele foi atender, dizendo em jeito de pergunta no intercomunicador:
- Faz favor?
- Dica da Semana.
- Sim?
- Dica da Semana!
- Diga.
- Dica da Semana.
- Faça favor de dizer.
- O quê?
- Qual é?
- O quê?
- A dica da semana.
- Sim, exactamente, é a Dica da Semana.
- E pode dizer então qual é a dica da semana. Ou tem de subir e dizer-me em pessoa? Eu não fazia ideia que vinha alguém de casa em casa todas as semanas dar dicas.

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